quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Algo A Dizer Volume 1 (1993)

Coletânea lançada pelo selo Zimbabwe em 1993, conta com produções de DJ Cri Cri e KL Jay e trás grandes nomes do rap como MRN e Athalyba.
Nesse disco podemos encontrar a segunda participação do MRN em uma coletânea de rap e o primeiro registro do Tio Fresh do SP Funk como MC, antes ele era o DJ do grupo.
Athalyba-Man vem pesado com o som "Sistemão II", que é uma continuação de uma música de seu grupo, o Região Abissal.
Outro destaque do disco é o grupo Lady Rap, que são umas das primeiras vozes femininas do rap nacional, tem duas músicas que falam sobre a valorização das mulheres negras dentro da sociedade, mais tarde a Chris, líder do grupo, gravou um som no disco KL Jay na Batida Volume 3.
Disco muito bom que realmente mostra que o rap tem sim "Algo A Dizer".

Lado A
A1 MRN - Vivendo livremente
A2 Lady Rap - Mulheres pretas
A3 Suprêmacia Rap - Da liberdade ao confinamento
A4 Athaliba-Man - Ficar de mau

Lado B
B1 MRN - Dance a dança
B2 Dethi & DJ Feminy - Não da
B3 Suprêmacia Rap - Violência irrascivel
B4 Athalyba-Man - Sistemão II
B5 Lady Rap - Condinome feminista

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

DJ Raffa e os Magrellos - A ousadia do rap de Brasília (1990)

Para falar desse disco primeiro preciso falar um pouco do DJ Raffa, vocês vão ouvir falar bastante dele aqui no blog, em 82 já dançava breaking, em 84 já fazia montagens de som para as apresentações e já em 89 era formado como Engenheiro de Som no "Recording Workshop", em Ohio, Estados Unidos.
E de fora ele não trouxe apenas conhecimento técnico, mas também trouxe uma bagagem considerável de discos de vinil, logo se tornou um do produtores mais requisitados do rap nacional.
Enfim, este é o primeiro disco de rap de Brasilia, foi produzido por DJ Raffa e lançado pela Kaskatas.
Os Magrellos também leva o título de primeiro grupo de rap de Brasília, é formado por DJ Raffa e Marcão (que depois formaram o Baseado nas Ruas), Freire, Rossi e Helbert. 
Na capa eles usaram uma logo que era um alvo apontando para o Congresso e o título "A ousadia do rap de Brasília" a Kaskatas colocou, sem consultar o grupo, em referência ao primeiro disco que a produtora lançou.
A faixa “Ah não bicho!”, estourou por toda a capital federal, ficando em primeiro lugar entre as mais pedidas da Radio 105 FM, que era a que tinha maior IBOPE na época.
O disco tráz músicas engraçadas e românticas, mas o forte do disco são com letras sérias e com conteúdo político, podemos destacar o som "Tributo ao governo".

LADO A
A1 Ah não bicho
A2 Vakinha (Melô da Vaca)
A3 Andando por ai
A4 Solidão
A5 Magrelos

LADO B
B1 É proibido
B2 Rua
B3 O sonho da minha rainha
B4 Tributo ao Governo
B5 Melô do assuvio

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Remixou? Dançou! (1987)

Disco de remixes nacionais lançado pela CBS/Epic que contém oficialmente o primeiro registro de rap nacional. A música é a "Sebastian Boys Rap" do Pepeu & Mike. 
O disco possui outras músicas, mas o que nos interessa é apenas esse remix.
A versão original foi gravada um ano antes, em 1986, e nessa época era transmitida pela Rádio Bandeirantes de São Paulo, rodando uma gravação feita em fita de rolo na sua programação juvenil, e foi feita em cima da base "Magic Trick - Oh! Oh! Fly Guys" (deixei junto com o link de brinde, mas não faz parte do disco). 
Já o remix do disco foi produzido pelos DJ's Ippocratis (Grego) Bournellis, Marcelo e Alexandre (Dynamic Duo) e Cuca, nos Estúdios Transamérica.
Black Juniors, Electric Boogies, Miele e  tantos outros artistas merecem o crédito e respeito por serem precursores do rap nacional, foram importantes mas o lance deles era outro, às vezes ligados somente a onda break de 1984 ou pegando carona em sucessos de fora.
Com isso, podemos afirmar que o "Melô do Bastião" é o primeiro rap nacional, pois Pepeu e Mike eram MC's, gravaram outros rap's, enfim, tiveram uma carreira de rapper. 

LADO A
A1 Leo Jaime - Mensagem de Amor
A2 Guilherme Arantes - Loucas Horas
A3 Tokio - Metralhar e não Morrer
A4 Leo Jaime - Nada Mudou

LADO B
B1 João Bosco - Si Si No Noo
B2 Claudio Zoli - Livre para Viver
B3 Pepeu e Mike - Sebastian Boys Rap
B4 Guilherme Arantes - Seu Balanço

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Grand Master Ney - Raízes da Música Negra (1992)

Disco instrumental do DJ Grand Master Ney, lançado em 1992 pelo selo Rythm And Blues, com Co-Produção de DJ Cuca.
A capa mostra ele garimpando literalmente um disco de ouro, trazendo-o a tona, e é exatamente isso que ele faz em suas produções, traz de volta preciosidades que estavam no passado de volta para o presente, as músicas contam com a utilização de samples que vão de James Brown a Tony Tornado.
Possui apenas uma faixa com vocal, na qual ele convidou nada menos do que uma pessoa que se tornaria um dos maiores expoentes do rap nacional, o Rappin Hood, que fez questão de levar seu parceiro musical Jhonny MC, lançando assim, a primeira música do Posse Mente Zulu, "Violência nunca mais".

Lado Grand
A1 J.B. is not dead
A2 The company soul
A3 Violência nunca mais (part. Rappin Hood e Jhonny MC)
A4 Brand new funk

Lado Master
B1 Brand new funk-Remix
B2 It's my beat
B3 Violence beat
B4 O.G. dee jay

http://www.mediafire.com/?m183ik8le88299e

Electric Boogies - Break Mandrake (1984)

Quando o assunto é precursores do rap nacional, muita gente esquece (ou realmente nem conhece), o grupo chamado Electric Boogies, que era formado pelos B.Boys Marcelo, Claudinho, Ricardo, Paulinho e Renilsom de Santo André-SP.
Durante a febre do Breaking do início dos anos 80, eles lançaram, pela RGE, a música "Break Mandrake", este é um disco compacto 7", muito raro por sinal.
O grupo era frequentemente visto nos programas do Murilo Nelly no SBT e do Barros de Alencar na Record.
Essa música ficou muito famosa no Brasil pelo fato de ser o primeiro registro sonoro de scratch gravado no Brasil, e o responsável pelos riscos foi o DJ Iraí Campos.

Lado A
A1 Electric Boogies - Break Mandrake

Lado B
B1 Electric Boogies - Electric Boogies (Instrumental)

http://www.mediafire.com/?7x771lhz8gq2kas

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os Balinhas do Rap - Menor abandonado (1992)

Primeiro e único disco desse grupo formado pelos jovens Cássio e André, foi lançado pela Rythym and Blues.
É um disco pouco conhecido mas que possui uma qualidade musical enorme, com produções dos DJ's Cuca, Grand Master Ney, Dobow T, Killer e Duck Jam. Praticamente todas as faixas possuem scratchs, algo que é meio raro nos dias atuais. 
As letras possuem mensagens positivas, contra as drogas e a violência, sofrida principalmente pelas crianças abandonadas.
A principal música dos disco é a "Menor abandonado", que possui participação dos principais MC's e Grupos da época, foram eles: Mister, Comando DMC, Sampa Crew, MC Sérgio Rick, Pepeu, MC Jack, Natanael Valêncio, Face Negra, Master Rap, MT Bronx, Lady Rap, Thaíde e até mesmo Edi Rock do Racionais MC's. Todos esses artistas cederam os seus direitos para a 1º República de Crianças, que é uma entidade de assistência social à infância. 

Lado A
A1 - Moleques de rua
A2 - Corrupção policial
A3 - Droga e violência não
A4 - Não escolha este caminho

Lado B
B1 - Menor abandonado (participações citadas acima)
B2 - Matas verdes (part. Duck Jam & MC Kult-Produto da Rua)
B3 - Rap do cacuete
B4 - Bagunça dos Balinhas

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Exposição na festa Boombox

No dia 19 de Outubro de 2013, aconteceu a primeira exposição do acervo Vinil Rap Brasil, foi durante a festa "Boombox" que acontece quinzenalmente na cidade de Curitiba-PR.
O público teve a oportunidade de apreciar um paredão composto por 105 discos, com lançamentos que datavam de 1984 até 2013. Muitos discos eram conhecidos, mas o pessoal ainda não sabia da existência de alguns. 
A maioria dos clássicos do Rap Nacional, juntos, ao alcance dos olhos e também dos ouvidos, pois o DJ Baqueta apresentou um set de uma hora apenas com os discos expostos.

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Lembrando que todos esses e mais alguns ainda serão postados aqui no blog, com a história particular de cada um e seu respectivo link pra download.