segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Grand Master Ney - Raízes da Música Negra (1992)

Disco instrumental do DJ Grand Master Ney, lançado em 1992 pelo selo Rythm And Blues, com Co-Produção de DJ Cuca.
A capa mostra ele garimpando literalmente um disco de ouro, trazendo-o a tona, e é exatamente isso que ele faz em suas produções, traz de volta preciosidades que estavam no passado de volta para o presente, as músicas contam com a utilização de samples que vão de James Brown a Tony Tornado.
Possui apenas uma faixa com vocal, na qual ele convidou nada menos do que uma pessoa que se tornaria um dos maiores expoentes do rap nacional, o Rappin Hood, que fez questão de levar seu parceiro musical Jhonny MC, lançando assim, a primeira música do Posse Mente Zulu, "Violência nunca mais".

Lado Grand
A1 J.B. is not dead
A2 The company soul
A3 Violência nunca mais (part. Rappin Hood e Jhonny MC)
A4 Brand new funk

Lado Master
B1 Brand new funk-Remix
B2 It's my beat
B3 Violence beat
B4 O.G. dee jay

http://www.mediafire.com/?m183ik8le88299e

Electric Boogies - Break Mandrake (1984)

Quando o assunto é precursores do rap nacional, muita gente esquece (ou realmente nem conhece), o grupo chamado Electric Boogies, que era formado pelos B.Boys Marcelo, Claudinho, Ricardo, Paulinho e Renilsom de Santo André-SP.
Durante a febre do Breaking do início dos anos 80, eles lançaram, pela RGE, a música "Break Mandrake", este é um disco compacto 7", muito raro por sinal.
O grupo era frequentemente visto nos programas do Murilo Nelly no SBT e do Barros de Alencar na Record.
Essa música ficou muito famosa no Brasil pelo fato de ser o primeiro registro sonoro de scratch gravado no Brasil, e o responsável pelos riscos foi o DJ Iraí Campos.

Lado A
A1 Electric Boogies - Break Mandrake

Lado B
B1 Electric Boogies - Electric Boogies (Instrumental)

http://www.mediafire.com/?7x771lhz8gq2kas

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os Balinhas do Rap - Menor abandonado (1992)

Primeiro e único disco desse grupo formado pelos jovens Cássio e André, foi lançado pela Rythym and Blues.
É um disco pouco conhecido mas que possui uma qualidade musical enorme, com produções dos DJ's Cuca, Grand Master Ney, Dobow T, Killer e Duck Jam. Praticamente todas as faixas possuem scratchs, algo que é meio raro nos dias atuais. 
As letras possuem mensagens positivas, contra as drogas e a violência, sofrida principalmente pelas crianças abandonadas.
A principal música dos disco é a "Menor abandonado", que possui participação dos principais MC's e Grupos da época, foram eles: Mister, Comando DMC, Sampa Crew, MC Sérgio Rick, Pepeu, MC Jack, Natanael Valêncio, Face Negra, Master Rap, MT Bronx, Lady Rap, Thaíde e até mesmo Edi Rock do Racionais MC's. Todos esses artistas cederam os seus direitos para a 1º República de Crianças, que é uma entidade de assistência social à infância. 

Lado A
A1 - Moleques de rua
A2 - Corrupção policial
A3 - Droga e violência não
A4 - Não escolha este caminho

Lado B
B1 - Menor abandonado (participações citadas acima)
B2 - Matas verdes (part. Duck Jam & MC Kult-Produto da Rua)
B3 - Rap do cacuete
B4 - Bagunça dos Balinhas

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Exposição na festa Boombox

No dia 19 de Outubro de 2013, aconteceu a primeira exposição do acervo Vinil Rap Brasil, foi durante a festa "Boombox" que acontece quinzenalmente na cidade de Curitiba-PR.
O público teve a oportunidade de apreciar um paredão composto por 105 discos, com lançamentos que datavam de 1984 até 2013. Muitos discos eram conhecidos, mas o pessoal ainda não sabia da existência de alguns. 
A maioria dos clássicos do Rap Nacional, juntos, ao alcance dos olhos e também dos ouvidos, pois o DJ Baqueta apresentou um set de uma hora apenas com os discos expostos.

Curta Boombox no facebook: Boombox - Keep It Real


Lembrando que todos esses e mais alguns ainda serão postados aqui no blog, com a história particular de cada um e seu respectivo link pra download.

Duck Jam & Nação Hip Hop - A nação quer a verdade (1992)

Grupo da Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo, que na época contava com a seguinte formação: DJ Duck Jam, Neno, Nidas e Nego Jam.
Este é o primeiro disco do grupo, e foi lançado pela TNT Records em conjunto com a MA Records.
Antes disso eles apenas tinham lançado uma música na coletânea Movimento Rap, de 1991. Música essa que ganhou um remix e se tornou um clássico do rap nacional, "Colarinho branco", que é uma dura crítica aos políticos e utiliza sample da música "Papa Don't Take No Mess" de James Brown.
Curiosidade: Na música "Mostre-me o contrário" eles realmente mostraram a música ao contrário, precisa girar o disco para o lado inverso para conseguir ouvir a música, originalmente no vinil vai até os 57 segundos apenas, mas aqui no MP3 está liberada a música normal.

Lado A
A1 - Deus Decepção
A2 - Noite
A3 - A Nação Quer a Verdade

Lado B
B1 - Os Poderosos
B2 - Colarinho Branco - Remix
B3 - Na Hora H
B4 - Mostre-Me o Contrário

http://www.mediafire.com/?96z18fdvbyn1wm4

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Consciência Black Volume 2 (1992)

Coletânea lançada pelo selo Zimbabwe em 1992, o qual teve sua festa de lançamento no mesmo ano dentro da quadra de escola de samba Rosas de Ouro. Foi produzido pelo KL Jay, com exceção da faixa "Direitos Iguais" que foi produzida pelo próprio Ice Rock e pelo Brown e a faixa "Porque o preconceito" que ganhou produção do MT Bronks e DJ Jonny.
A qualidade dos beats é impressionante para a época, vários samples de clássicos do funk como JB's e os temas abordados variavam basicamente entre problemas políticos/sociais vividos pelos jovens da periferia como o racismo, violência policial, etc.
A capa e o designer gráfico ganhou assinatura de DJ Vlad, que fez uma foto com o pessoal que recheou o disco em um beco do centro de São Paulo, deixando nítido a influência recebida pela coletânea de 1987 do NWA.
Esse disco é responsável por revelar vários nomes que se tornariam ícones no cenário nacional, destacando principalmente o grupo D.M.N. (Defensores do Movimento Negro) com sua primeira formação, na qual contava com a participação do rapper Xis e M.R.N. (Movimento em Ritmo Negro) com o rapper Nill e Tio Fresh como DJ.
Curiosamente quando esse disco recebeu a versão em CD, adicionaram a música "Tô atrasado meu" do Frank Frank, que é uma espécie de samba rock a qual eu deixei como bônus no arquivo.

Agradecimentos ao Tchelo por me ajudar com algumas informações.

Lado A
A1 Gang Master 90 - A vida do meu pais
A2 Ice Rock - Direitos iguais
A3 DMN - Isso não se faz
A4 MRN - Noite passada

Lado B
B1 Controle da Posse - Mundo cruel
B2 The Force Mc's - Desabafo de um lutador
B3 FNR - Quem precisa deles pra sobreviver
B4 Face Negra - Nós somos negros
B5 MT Bronk's - Porque o preconceito

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Racionais MC's - Escolha o Seu Caminho (1992)

Segundo álbum do Racionais MC's, lançado no final de 1992 pelo selo Zimbabwe.
Não precisa nem dar play para entender o porquê do título. Enquanto a capa veio com a foto do quarteto usando drogas, portando armas e contando dinheiro, a contra capa apresenta uma outra realidade, os quatro sentados a mesa com uma pilha de livros, estudando e informando-se. Escolha seu caminho é, ao pé da letra, uma analogia sobre o livre arbítrio do ser humano.
As letras tratam sobre o orgulho e a auto-estima do povo negro, com a frase "acho incrível que o nosso conformismo já esteja nesse nível", mostram que não é para o povo esperar que outros façam alguma coisa por eles, e sim que levantem-se para lutar por algo melhor, que escolham um caminho melhor, dando exemplo de como o negro é destratado pela sociedade e dizendo que "a juventude negra, agora tem voz ativa"

Curiosamente o início da letra:
"Eu tenho algo a dizer, explicar pra você, mas não garanto porém que engraçado eu serei dessa vez. Para os manos daqui! Para os manos de lá!", é usada no início da música "Qual é?" do Marcelo D2, que apenas trocou manos por parceiros! Se foi plágio ou homenagem eu não tenho a resposta.

A versão baile da "Voz ativa" usa um sample da "Givin' up food for funk" dos JB's. E a "Negro limitado" conta com sample da "Walk On By" do Isaac Hayes.

Lado A
A1 Voz Ativa (Versão Rádio)
A2 Voz Ativa (Versão Baile)
A3 Voz Ativa (Acapella)

Lado B
B1 Negro Limitado

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

M.T. Bronks - Nova Era (1993)

Único disco deste artista, lançado pela Zimbabwe, contou com produções do DJ Cri Cri (Região Abissal), DJ Johnny e do próprio M.T. Bronks.
É um disco dedicado à cultura Hip Hop, com rimas alegres e batidas funkeadas, ele faz várias citações aos b.boys em músicas dançantes com BPM acelerado, ainda deixa uma faixa secreta no Lado B com efeitos para scratchs para a alegria dos DJ's da época, pois praticamente não existia material específico.
Além do disco ser muito alegre, contém faixas com duras críticas ao racismo.
Samples como Fred Wesley & JB's, Zapp & Roger, Jimmy Bo Horne, entre outros, recheiam o disco.


Curiosidade: Nos agradecimentos ele faz a seguinte citação, "Às equipes de som que mesmo não fazendo a seleção de rap nacional no salão merecem a nossa consideração por levar a música negra", e depois de citar algumas equipes ele complementa, "(Obs.:) Tocar 3 ou 4 rap nacional não é seleção". Mostrando que já naquela época muitos DJ's praticamente ignoravam o estilo.



Lado A

A1 Nova era
A2 De negro para negro
A3 Cranicula
A4 Valores


Lado B

B1 É preciso lutar
B2 Mundo podre e alucinante
B3 Um indivíduo qualquer
B4 O dia seguinte


http://www.mediafire.com/?19s8a1c1310bh7u

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Câmbio Negro - Sub-Raça (1993)

Disco de estréia desse grupo da Ceilândia, formado por X e DJ Jamaika, foi lançado pelo selo Discovery.
Sem dúvidas esse é um dos principais discos de rap nacional. Contou com produção do DJ Raffa do Baseado nas Ruas, um dos mais importantes produtores do Brasil. Por causa do vigor e da força de suas letras em cima de batidas fortes e ao mesmo tempo swingadas, o disco se tornou um verdadeiro marco, firmando Brasília como um dos pólos do rap brasileiro.
Câmbio Negro foi pioneiro em rap orgânico no Brasil, porém as músicas desse álbum com participação da banda saíram somente em CD, mas deixei como bônus junto ao download. Eles também foram precursores ao usar elementos do rock, surgindo então o embrião do que é chamado de "rap-core nacional".
Segundo DJ Tydoz, também de Brasília, “O Câmbio Negro veio pra falar as nossas gírias, da nossa realidade e das nossas influências. ‘Véi’ em vez de ‘mano’, ‘quebrada’ em vez de ‘área’. Samplear AC-DC e Gerson King Combo sem receio. Era a identidade dos candangos nos sons”.
Uma curiosidade sobre a capa do disco: na hora em que o fotógrafo Vanderlei Pozzembom foi tirar a foto, acabou a luz em toda a Ceilândia e então eles resolveram usar luz de velas para a foto. Até nisso eles acertaram, pois a foto principal ficou sensacional, porém o fotolito da contra capa ficou péssimo, mas não foi suficiente para arruinar o belo conceito do álbum.


Destaque especial para a faixa que deu título "Sub-raça", como também para "Careca sim e daí" e "Não pare".



E antes que eu esqueça, "Sub-Raça, é a puta que o pariu". Clássico!!!!



Lado A

A1 Dê-nos ouvidos (part. Marcão-Baseado nas Ruas)
A2 Que se f... vocês
A3 Careca sim e daí
A4 Que irmão é você
A5 Bala perdida


Lado B

B1 Sub raça
B2 Cadáver ambulante
B3 "X" sem Ana
B4 Não pare
B5 Não somos santos

http://www.mediafire.com/?617v142ljqv88bw

terça-feira, 30 de julho de 2013

Athalyba e a Firma (1992)

Athalyba Man e DJ Cri (que eram do Região Abissal), chamaram o MC Grand Master Duda para formar o "Athalyba e a Firma", que lançou seu único disco sem título com o selo Plug/BMG.
O grande clássico desse disco é a faixa "Política", que concorreu ao primeiro VMB da história, em 1995. E o próprio Athalyba diz como foi a criação de uma das letras mais emblemáticas sobre o tema: “Na época eu tinha viajado para Miami e trouxe de lá uma fita K7 com um instrumental da Janet Jackson (ou era uma fita K7 da Mary J. Blige que tinha um som da Janet Jackson em cima? Não lembro...). O fato é que, já em Miami, ouvindo o instrumental me veio o refrão "de política em política". De volta ao Brasil comecei a confeccionar a letra, pontuando as rimas com palavras proparoxítonas, que davam força na pronúncia, e a elas se seguiam com uma pausa no ritmo (ou flow, como se diz hoje). Isso me deixou tão empolgado que fiquei praticamente 48 horas sem sair de cima, terminei a letra com dois quilos a menos e horas de sono atrasado, mas valeu a pena”.
No caso era o instrumental da "Janet Jackson - That's the Way Love Goes", a produção também contou om pitadas de "James Brown - Papa Don't Take no Mess" e o resultado não poderia ser outro a não ser o de se consolidar como um CLÁSSICO.
Mas não é só dessa faixa que sobrevive o disco, vale conferir ele por completo.

Lado A
A1 Política
A2 Dinheiro
A3 Salve o rei (Superstar)
A4 Flores
A5 Feminina

Lado B
B1 Pura
B2 Camisa de Vênus
B3 Não parem o scratch
B4 Fim de tarde (Perdi voê)
B5 Sujou

Baseado Nas Ruas (1992)


Disco de estréia do Baseado nas Ruas, formado por Marcão e DJ Raffa, foi lançado pelo selo TNT Records.
É um excelente disco, com batidas fortes dignas de comparações com Public Enemy e Racionais MC's, mas praticamente não existe informações sobre ele.
Foi totalmente produzido pelo DJ Raffa, que até então morava em Brasília, mas mudou-se para São Paulo após a concepção desse disco.
Enquanto DJ Raffa abusou de vários samples e colagens clássicas, Marcão abusou de flows diferentes do que se viam na época, as vezes rápidos e as vezes melodiosos.
Não vou destacar nenhuma faixa em especial porque esse vale a pena dar uma atenção especial do início ao fim.

Lado A
A1 O dia D
A2 Tiro pela culatra (part. Thaíde e DJ Hum)
A3 Dane-se o sistema
A4 A grama é cara

Lado B
B1 Apocalipse
B2 O cheiro mata
B3 Retalhos da sociedade (part. Jack Master)
B4 Sócios


http://www.mediafire.com/?uyubpbyr3j3tu77

Rap Ataca (1991)

Mais uma coletânea lançada pela Equipe Kaskata's com produções do DJ Cuca.
O ápice desse disco é a apresentação do Gog, convidado pelo DJ Leandronick para participar da faixa "A vida", com seu flow característico e sua letra marcante, Gog demonstrou que seria um dos maiores nomes do rap nacional em sua primeira gravação oficial.
Apesar da maioria do disco já conter músicas com temas sérios como o desarmamento e o combate a corrupção, as  músicas "Melô do homem mau" e "Melô do mole" deram um tom mais jovial à obra.
Disco muito bom no quesito produção, com destaque para as faixas "My name" e "Racional beat".

Lado A
A1 Geração Rap - Armas
A2 DJ Leandronick - A vida (part. Gog)
A3 GJ Clip - Seu sorriso lindo
A4 DJ Leandronick - My name
A5 MC  Mattar - SOS Brasil

Lado B
B1 Django D - Melô do homem mau
B2 DJ Leandronick - Melô do mole
B3 DJ Cuca - Racional Beat
B4 Geração Rap - Armas (Instrumental)
B5 GJ Clip - Seu sorriso lindo (Instrumental)

http://www.mediafire.com/?hb5k8xlr7mtixev

A Ousadia do Rap (1987)

Esse disco foi lançado pela Equipe Kaskata's em 1987 e é considerado por alguns como o primeiro vinil de rap nacional, porém ele possui apenas 3 rap's, que são dos ganhadores do "2º Concurso de Rap".  Já o "Hip Hop Cultura de Rua" lançado pouco tempo depois é composto com 100% das faixas dedicadas a esse estilo. 
Os ganhadores desse concurso foram "De Repent" (derivados do grupo Funk Cia., que iniciou todo o movimento Hip Hop na 24 de maio liderado por Nelson Triunfo), "Mister Théo" que lançou o clássico "Cerveja" em cima do instrumental do "Kool Moe Dee - Go see the doctor" e "Eletro Rock".
Foi produzido pelo DJ Cuca que complementou o disco com instrumentais e remixes, dos quais eu destaco a "Pick up the mix".

Lado A
A1 De Repent - Hey DJ
A2 Mister Théo - Cerveja
A3 Eletro Rock - Musicar
A4 B. Force - Baby

Lado B
B1 Zy DJ e DJ Cuca - Pick up the mix
B2 Kaka House - Virada à paulista
B3 Zy DJ & DJ Cuca - New time

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Região Abissal - Hip Rap Hop (1988)

Região Abissal foi o primeiro grupo de rap a lançar um disco próprio, antes deles só existiam coletâneas. O álbum Hip Rap Hop foi lançado em 1988 pelo selo Continental.
Estavam no grupo alguns nomes que se tornaram ícones do Hip Hop nacional, como Athalyba e DJ Cri que com temas irônicos e satíricos deram um tom descontraído e bem engraçado ao grupo.  Como exemplo, as músicas "Alô Papai" e seu emblemático refrão Faça sexo com sua menina e "Falso Inglês" onde eles fingiam saber falar nessa língua estrangeira.
Somente no final do disco eles trataram de assuntos mais sérios, dando dicas de como uma pessoa deve se portar no gueto.
Os DJ's do Região Abissal foram um dos pioneiros na produção de rap, fazendo milagres com os poucos equipamentos que dispunham e são lembrados como vanguarda em termos de pesquisa de baterias e sequenciadores (o DJ KL Jay diz que foi o DJ Giba que emprestou a bateria eletrônica para a produção do clássico "Pânico na Zona Sul" para a coletânea Consciência Black Vol. 01).

Curiosidade: Eles destacaram no encarte interno que os tênis da Nike usados na foto da capa foram gentilmente cedidos pela Alpargatas S/A, fabricante da Havaianas.
Nesse disco eu destaco a música "Litoral" por sua excelente qualidade, tanto de sua letra como de sua base.

Lado A
A1 Alô Papai
A2 Sistemão
A3 Falso Inglês
A4 O Amor Inovou
A5 Cruz de Prata

Lado B
B1 Litoral
B2 Falo Gíria
B3 Qui Zica Zé
B4 O Gueto
B5 Fulano

http://www.mediafire.com/?n3zo3ojg7zd6lzv

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Thaíde & DJ HUm - Brava Gente (1994)

Thaíde & DJ Hum, em seu quarto disco, lançado de forma independente com um selo denominado Hip Hop Brasil.
O título do álbum é uma homenagem ao povo brasileiro, essa "Brava Gente" batalhadora que tem como rotina acordar cedo,  ter um trabalho árduo e mesmo assim praticamente não vê os frutos de seu suor, porque estão sendo explorados pelos governantes desde o tempo da escravidão, esta que só foi abolida no papel, pois os quilombos se transformaram em favelas com o mesmo sofrimento de outrora. Quem vive lá ainda busca encontrar a liberdade, que alguns encontram de forma subjetiva através da música.
Thaíde denuncia com fervor o preconceito racial e a desigualdade social, mostrando sua indignação com a miséria em várias letras, mas sempre elogiando e declarando amor ao Brasil e ao seu povo que não se entrega ao desespero.

"Enquanto alguns dependem de grandes escolas para terem a vida mole, nós temos a doutrina da vida dura" (Trecho da "Entrevista").

Destaco além da música que intitula o disco "Brava Gente", a música que se tornou uma clássica doadora de samples "Soul do Hip Hop".

Lado A
A1 Brava Gente
A2 Verdadeira História
A3 Jazz Complexo (Vinheta)
A4 História do Brasil
A5 Parábola dos Bichos
A6 B S K (Vinheta)

Lado B
B1 Poema à Minha Terra
B2 Resumo (Vinheta) 
B3 Entrevista
B3 Entrevista
B5 Soul do Hip Hop
B6 Mensagens Pessoais

No download você encontra, além das músicas, a foto da contra-capa e o encarte interno com todas as letras.
http://www.mediafire.com/?yjondsv5q9qxss0

terça-feira, 16 de julho de 2013

Black Juniors - Break (1984)


Esse disco é considerado como um dos precursores do rap nacional, foi lançado no mesmo ano que estavam bombardeando a cultura Hip Hop no Brasil através de filmes, revistas. Era a febre denominada "Break Dance".
Laércio, Adilson, Francisco e Roberto formavam o Black Juniors, produzido pelo DJ argentino Mister Sam e lançado pela gravadora RGE. Mister Sam era bem atuante na Disco Music e morava em São Paulo nessa época, quando resolveu pegar carona nessa onda do break.
O hit "Mas que linda estás" foi responsável por transformar o quarteto em um fenômeno musical e impulsionou a venda para mais de 1 milhão e meio de cópias, levando o grupo a vários programas de TV.
Infelizmente há algum tempo atrás, alguns integrantes foram assassinados por ladrões que queriam o disco de ouro que eles ganharam.


Lado A
A1 Hey Disc-Jockey
A2 Quero ver você mexer
A3 Miss Brasil
A4 Mas que linda estás


Lado B
B1 Super-Sexy
B2 Sem teu amor
B3 Break nas ruas
B4 Carta pra você

Foto da Contra-capa e selos junto com o download.
http://www.mediafire.com/?v979lz0xcjp975o

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Racionais MC's - Holocausto Urbano (1992)

Holocausto Urbano é o primeiro álbum do Racionais MC's, foi lançado em 1990, mas só ganhou sua prensagem em vinil dois anos depois de forma independente pela Zimbabwe, foi produzido por Dynamic Duo de Santos, com auxilio do KL Jay.
Eles já tinham causado algum barulho quando lançaram "Pânico na Zona Sul" e "Tempos Difíceis" na coletânea Consciência Black Vol. 01, mas esse disco foi responsável por tornar o grupo rapidamente conhecido em todo o Brasil.
Em menos de meia hora, com muito peso em suas palavras, mostraram de forma incisiva qual seria a posição que eles tomariam, todas as letras eram (e ainda são) muito contundentes, pois tudo que eles estavam denunciando na década de 90, ainda está muito em evidência em pleno século XXI.
Temas como violência policial, desigualdade social, a chamada para conscientização dos jovens, a relação estreita entre algumas mulheres e o dinheiro e principalmente os problemas causados pelo preconceito racial foram os mais abordados.

Lado A
A1 Pânico Na Zona Sul
A2 Beco Sem Saída
A3 Hey Boy

Lado B
B1 Mulheres Vulgares
B2 Racistas Otários
B3 Tempos Difíceis

No download será encontrado, além das músicas, a foto da contra-capa.
http://www.mediafire.com/?ts5uc88wigdcr0a

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Som Das Ruas (1988)


Essa coletânea foi lançada pela equipe Chic Show com o selo Epic/Sony uma semana depois do "Hip Hop Cultura de Rua" e contou com arranjos do DJ Cuca.
Foi responsável por lançar uma galera como Sampa Crew, Ndee Naldinho (ainda era Ndee Rap), Lino Crizz e DJ Dri (Os Metralhas), entre outros.
Esse álbum veio com uma linha de rap mais voltada para os bailes, com músicas mais dançantes e temas menos radicais.
Com certeza é um álbum para se ter na discoteca básica do rap nacional.

Destaco "Rap da abolição" e "Melô da lagartixa" (versão do Ndee para a música "DJ Innovator" de Chubb Rock.

Lado A
A1 Os Metralhas - Rap da abolição
A2 Catito - Sem querer
A3 Ndee Rap - Melô da lagartixa
A4 Mister - Melô da chic
A5 De Repent - Rap love

Lado B
B1 Ndee Rap - Rap de arromba
B2 Sampa Crew - Foi bom
B3 De Repent - Pega ladrão
B4 Dj Cuca - Check my mix
B5 Dee Mau - Rap do francês

No download você encontrá, além das músicas, a foto da contra-capa e dos selos.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Código 13 e MC Jack (1990)



Devido ao sucesso do Hip Hop Cultura de Rua de 1988, a gravadora Eldorado resolveu lançar um EP com dois destaques da coletânea, eram eles o grupo Código 13 e o MC Jack.
O disco é composto com a maioria das músicas mais aceleradas do que o habitual rap, pois eles eram B.Boys e tinham muita influência do Eletro Funk criado por Bambaataa, estilo que estava em grande evidência na época.
Destaco as faixas "A garota da casa" e "Cidade maldita".


LADO A
A1 Código 13 - Loucura
A2 Código 13 - A garota da casa
A3 Código 13 - Teu negócio é grana
A4 Código 13 - Codigopella

Lado B
B1 MC Jack - Cidade maldita
B2 MC Jack - Vício
B3 MC Jack - A minha banana
B4 MC Jack - Jackapella

http://www.mediafire.com/?582nb6o9oqc5jv4

Hip Hop Cultura de Rua (1988)

Hip-Hop Cultura de Rua é considerado por muitos como o primeiro vinil de rap brasileiro, pois mesmo que a coletânea "A Ousadia do Rap" da Equipe Kaskatas tenha sido lançada em 1987 com 3 rap's, ele foi o primeiro com 100% das faixas dedicados a esse estilo.
Podemos citar também algum discos que são considerados como os precursores do rap nacional, entre eles os grupos de break "Black Juniors" e "Electric Boogies" de 1984, bem como as músicas "Melô do Mão Branca" de Gerson King Combo de 1981 e "Melô do Tagarela" do Miele de 1980. Além, é claro do primeiro registro genuinamente de rap, "Pepeu e Mike - Melô do Bastião", lançado no disco "Remixou Dançou" em 1987.

Enfim, o Hip Hop Cultura de Rua foi lançado em 1988 e foi responsável por lançar a dupla Thaide & DJ Hum. Além da dupla, estavam no disco Código 13, MC Jack, e O Credo. 
O Credo havia sido convidado pela Gravadora Eldorado para gravar um LP solo, mas como não possuíam musicas suficientes, convidaram os outros grupos para formar a coletânea. Os idealizadores do LP foram Ruberval Marcelo do O Credo, Gilson Fernandes e Vagner Garcia, da Gravadora Eldorado.
É desse disco a frase clássica "Escutar o Hip Hop é coisa normal, entender o Hip Hop é onde está o mal", do Código 13 e usado como sample em várias músicas.
No dia 2 de novembro de 1988 teve a festa de lançamento no antigo Aeroanta, rua Miguel Isasa, 404, Largo da Batata no bairro de Pinheiros.

LADO A
A1 Thaide - Corpo fechado (prod. Nazi, André Jung e Beto Firmino)
A2 Código 13 - Código 13 (prod. Dudu Marote)
A3 MC Jack - Centro da cidade (prod. Dudu Marote)
A4 O Credo - O Credo (prod Akira S)

LADO B

B1 O Credo - Deus da visão cega (prod. Akira S)
B2 Thaide - Homens da lei (prod. Nazi, André Jung e Beto Firmino)
B3 Código 13 - Gritos do silêncio (prod. Dudu Marote)
B4 MC Jack - Calafrio (prod. Dudu Marote)

Fazendo o download, além de obter as músicas você poderá ver a contra-capa e o encarte exclusivo.